Geralmente, as sextas
feiras são aguardadas com expectativa e ansiedade. Provocam nas pessoas reações
de alegria incontida, por representarem o fechamento de um ciclo e com ele, a
sensação de vitória. Quando
não chega a tanto, trás então a esperança de um final de semana revigorante e a
possibilidade da redenção no novo ciclo que se inicia, após breve pausa.
Expectativa
de liberdade, de festividade e de felicidade. Tempo de recarregar a bateria,
estudar os obstáculos cotidianos e rever estratégias. Tempo de reflexão. Antes
dela, todos estamos presos de alguma maneira, aos nossos afazeres mais imprescindíveis.
Depois dela, cada um é dono de seu tempo e de suas vontades. Então, a Sexta
Feira situa-se na fronteira entre a responsabilidade e a liberdade, sendo,
portanto, campo neutro.
Na
sexta feira o executivo se permite sair de casa sem a gravata, o paletó e o
cromo alemão, travestindo-se de cidadão comum, de camiseta polo, tênis e óculos
de sol.
Chego
a pensar que talvez fosse mais adequado grafar o seu nome com “C” no lugar do “S”
e “s” no lugar do “x”, porque a letra “C” se assemelha a uma alça - alça de
cesta e a letra “s” representa a mais ampla ideia de plural. Assim, a
singularidade de uma Cesta Feira abarcaria dentro de si a pluralidade de uma
semana inteira com todas as suas nuances e seus percalços. Salve Sexta Feira,
salve, salve, Cesta Feira.